quarta-feira, 30 de maio de 2012

Para mudar os ares


Rimas d'arte



Se é por arte,
Que se faça a arte
Que toca os corações,
Que alivia as tensões,
Que estimula as emoções,
E que nos livra das más intenções.





Image pour: Le fantastique monde de Artur Janz

domingo, 27 de maio de 2012

Diga não ao lucro sem esforço

Embora eu tenha consciência do quão arraigada está, na nossa sociedade, a questão do "Não comigo, mas sim contigo" ou, vulgo "Pimenta nos olhos dos outros é refresco", ainda tenho esperanças de que as pessoas possam se dar o valor e assim, também enxergar o valor nas outras pessoas.



Por que lucro sem esforço? As políticas capitalistas de altos lucros, que envolve todo o sistema de escravização por meio do dinheiro, a hierarquização devido a aquisição de tal objeto, a folga que a high-tec nos trouxe - num mal sentido é claro - são alguns dos motivos da lucratividade sem esforços de algumas das empresas que utilizam o sistema de valores 'não redondos' para ganhar em cima do dinheiro da classe que mais compra, são estas as lojas de 1,99. Não só este tipo de loja, como também os supermercados e outras grandes redes de vendas. A questão para mim não é o fato de ter o valor quebrado, o problema está no fato de que quando se pede o troco inteiro, nunca se tem. Não é lógico - no sentido justo é claro - que uma loja coloque um preço que determina um valor de troco e não tem esse troco. Oras, isso é claro somente para abusar da preguiça alheia, da bondade alheia - pois eu mesma já desisti de pedir um centavo (ou dois) de troco pois a fila da loja estava imensa e eu sei que a procurar pela moeda demoraria - e do sentimento de vergonha alheio, porque pedir o seu troco certo é ser muquirana. Não é ser muquirana, pois eu já estou contribuindo para a enorme riqueza de um só sujeito quando eu compro na loja desse sujeito. Se o dinheiro arrecadado advindo desses um centavo embolsados descaradamente e com o nosso consenso fosse destinado a um bem comum, como por exemplo, um bônus mensal no salário de quem vende, ou como ajuda para instituições... Tanto faz, a questão é que assim como eles aumentam os preços e não aumentam os salários, eles somente engolem esse lucro sem esforço com a ajuda ainda de suas atendentes que fazem cara feia quando se pede o troco de um, dois, seis e sete centavos.
A moeda de um centavo pode ser encontrada nos bancos. Então, empresas, ou peçam esse tipo de troco, ou arredondem o valor das mercadorias, se não eu - e muitos outros se quiserem - vou continuar ganhando cinco centavos toda vez que eu pedir o troco de um centavo e vocês não tiverem.

É só um texto para você se dar o valor. Porque se um centavo não fosse dinheiro, eles não ganhariam tanto em cima deste. 


Só para garantir:

Hipótese postulada na postagem 'Posso ficar te devendo um centavo?'

Segundo o gerente consultado, a loja a que me refiro possui um movimento médio de 10.000 consumidores por mês. Proponho, então, a seguinte situação: se for ao supermercado todos os dias da semana, e ficarem devendo a você, consumidor, um centavo por dia, em uma semana terão lhe tirado R$0,07. Em um mês serão R$0,28 e, em um ano R$3,36. Multiplicando esse número por 10.000 (dez mil), que é o número médio de consumidores que freqüentam mensalmente o supermercado em questão, teremos ao final do ano a soma de R$33.600,00 (trinta e três mil e seiscentos reais). 



Informação retirada do site SINDILOJAS


“O troco tem que ser sempre favorável ao consumidor”, responde Rodrigo Lopes Bastos, presidente da Associação Mineira de Proteção ao Consumidor (AMPC). Na prática, isso quer dizer que, na impossibilidade de devolver a quantia devida ao freguês, o comerciante terá que diminuir o preço do produto para dar o troco exato. “O que não pode ocorrer nunca é aumentar o valor da mercadoria. Ou seja, se ela custa R$ 1,99, o lojista cobrar R$ 2”, afirma Bastos.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Futuro do Pretérito

Eu queria poder fazer algo pra mudar esse pensamento cíclico viciado.

É decepcionante, mas enfim, sempre vivemos assim. Não é um pé na frente do outro, e sim uma repetição de erros e desacertos, ajeitadinhas e gambiarras. Tudo sempre pode ser diferente, e por que passar milênios desse mesmo jeito?

Analogia de antes, vivendo de passado como um grande museu, afinal, se apagar o passado, o presente desmorona no vácuo. E é a realidade, um fato a se destacar, de que nunca esteve antes, tão impregnado em nós, o futuro do passado.
Diz-se hoje, que deveriam ser feitas mudanças no modo de pensar; que a política poderia ser melhor, que haveria mais paz.  Mas tudo fica tanto no papel quanto no passado, e nada é feito, é simplesmente descartado para que outras suposições futurísticas entrem, e tentem melhorar aquilo que deveria ter sido antes melhorado.
Seria a preguiça causa inerte dessa nossa total desorganização?

Tens tanta pressa pra chegar onde? 
O coelho, está sempre atrasado, mas nunca se sabe para que ele está se atrasando, sem rumo, ele só está sempre atrasado, como o homem, sempre com pressa e também sempre atrasado, preso há dogmas e paradigmas que blindam o que deveria ser inerente, o raciocínio.