Memórias não esquecidas do presente de sempre.

Fico na paz do meu canto,
Fujo do inferno das pessoas.
Os pensamentos que eu quase posso ler,
as ações que eu quase posso deduzir.

A risada irônica sem motivo aparente,
Que diz ser da graça que o outro jura não ter feito.
O meu eu detecta o traço de falsidade,
Escondido naquela mostra branca de dentes.

As palavras não saem como eu quero.
E assim é melhor.
Sem ferimentos expostos,
a vida tem mais perspectiva.

O rosto de poucos amigos não precisa de descrição.
As pessoas nem chegam perto.
O fato de estar confusa sobre as atitudes delas afeta meu humor.
Eu sou sincera(porém educada), a mentira não me domina.

E aquele eu que me avisa:
Ficar de cara fechada de nada adianta,
O melhor é conversar e achar a saída desse jogo demoníaco.
Jogo demoníaco, nessa vida de cão, com elementos desprezíveis.

Palavras malditas que não saem da minha boca.
Sim eu tenho medo.
Não devia, mas eu tenho.

Um vaso quebrado, você pode colar as peças.
Mas me responda se ele ficará igual?

Quando caímos, podemos nos levantar,
Mas e os ferimentos que demoram a sanar?
Que por sua vez ainda deixam cicatrizes como lembrança.

Eu nao tenho segurança para me aproximar,
Seu gestos em relação a mim são curtos e grossos.
Às vezes recebo um olhar de:
Eu quero ter sua amizade!
Me da sua atenção! Um abraço de amiga talvez.
Eu sei que errei, mas eu posso melhorar!

NADA!
NADA!
E o vazio toma conta denovo.


Àqueles que dão valor às coisas erradas que o homem oferece.
O que sempre acontece: só damos valor quando perdemos.


Desabafos de Anna Carolina Alencar Betine, para você sabe quem.